Síndrome da tensão pré-menstrual
Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.
A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.
A
tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o
gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da
serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.
O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.
Os sintomas mais comuns incluem:
Por ordem de freqüência: DESCONFORTO
ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR
DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE
DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO
FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS.
– Irritabilidade (nervosismo),
– Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva),
– Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração)
– Cefaléia (dor de cabeça),
– Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas),
– Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas),
– Cansaço,
– Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.
Deve
ser realizado um controle objetivo do ciclo menstrual (através de um
diário) pelo período mínimo de dois ciclos. Devem ser excluídos outros
transtornos como hiper ou hipotireoidismo, perimenopausa, enxaqueca,
fadiga crônica, síndrome do intestino irritável ou exacerbação
pré-menstrual de doenças psiquátricas; depressão, que pode se
intensificar nesse período (magnificação pré- menstrual).
História,
exame físico cuidadoso, avaliação endócrina ginecológica quando o ciclo
menstrual é irregular, perfil bioquímico, hemograma e TSH para excluir
condições médicas que podem apresentar sintomas que simulem uma TPM.
Importante fazer o diagnóstico diferencial com a condição psiquiátrica:
distúbio disfórico pré-menstrual.
O tratamento medicamentoso inclui o
manejo específico de cada sintoma e deve ser individualizado. A maioria
dos tratamentos medicamentosos propostos não se mostraram mais eficazes
do que tratamentos placebo (progesterona, espironolactona, óleo de
prímula e vitaminas B6 e E, ingestão de cálcio e magnésio). A
fluoxetina, foi a única droga que mostrou eficácia, entretanto foi
aprovada pelo FDA apenas para PMDD (Forma mais severa de TPM, com
prevalência dos sintomas de raiva, irritabilidade e tensão). Na Europa
esta droga não é aprovada na Europa para uso nem mesmo em PMDD.
Medidas preventivas são igualmente importantes e incluem:
orientação: explicar que a TPM não é grave e que os sintomas podem variar a cada ciclo,
modificações alimentares com diminuição da gordura, sal, açúcar e cafeína (café, chá, bebidas a base de colas),
fracionamento das refeições,
dieta com boas fontes de cálcio (leite e iogurte desnatado) e magnésio (espinafre), diminuição da ingestão de álcool,
parar de fumar,
fazer exercícios regulares (aeróbicos: 20 minutos 3 vezes por semana),
manejar o estresse.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico:
O que eu sinto naqueles dias antes do período menstrual são “coisas da minha cabeça”?
Os sintomas desagradáveis que surgem antes da menstruação podem ser considerados uma doença?
Existe tratamento para a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual?
Qual o critério para determinar a gravidade da TPM?
Quando a TPM é caracterizada como desordem disfórica pré-menstrual?
Quando é necessário acompanhamento psiquiátrico para TPM?
Fazer exercícios físicos e de relaxamento ajudam no tratamento da TPM?
Quais os alimentos mais indicados para estes dias?
Deve usar vitaminas ou suplementos alimentares para ajudar na melhora dos sintomas?
Devo suspender o uso de álcool e cigarros?